- Área: 7000 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Jaime Navarro
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto para o novo Centro Cultural está localizado em um prédio em frente a área arqueológica de Teopanzolco, situação que traz duas estratégias fundamentais: por um lado potencializar a relação com o terreno arqueológico e por outro gerar espaço público significativo.
O edifício se organiza através de dois elementos, uma planta triangular que contem os programas públicos (hall, serviços, bilheteria, guarda-volume, auditório) e uma plataforma que o rodeia e que abriga as áreas privadas de operação (camarins, depósitos, etc.) incluindo uma caixa negra para multiuso.
A plataforma horizontal que rodeia a planta triangular serve como mirante para a zona arqueológica e para a cidade. A grande base contem uma série de pátios, um deles surge em frente ao acesso secundário do auditório e cria um pequeno teatro ao ar livre. Essa plataforma é capaz de gerar espaços exterior diversos e resolver os acessos secundários ao interior do auditório ou à própria plataforma além de incorporar grandes árvores existentes.
Por outro lado, a cobertura principal de forma triangular consiste em uma grande rampa escalonada que nasce da intersecção com a plataforma horizontal que a rodeia e faz com que a presença física e o impacto visual da nova edificação sejam diminuídos, além de converter a cobertura em um auditório adicional ao ar livre que tem como fundo o sítio arqueológico. Essa grande esplanada triangular é a cobertura da sala principal do auditório e contem outra esplanada triangular menor que é a cobertura do hall principal. Ambas plataformas descendem em direções opostas e criam um jogo visual de planos inclinados que podem se apreciados durante todo o percurso. O hall principal possui aberturas permanentes estrategicamente dispostas que permitem sua ventilação com circulação cruzada, evitando o uso de sistemas elétricos de acondicionamento térmico. O eixo de composição da planta triangular do acesso foi disposto intencionalmente no mesmo eixo da pirâmide principal. Desta maneira, o hall disposto exatamente em frente a pirâmide converte-se em um mirante e em um lugar de encontro antes ou depois dos eventos: um espaço que estabelece um diálogo contínuo entre a vida cultural contemporânea e a presença do passado.